Olá! Me chamo Aline Midory, muito prazer e que honra tê-la(o) aqui!
Sou dos anos 90, de uma época que tudo era mato e passei pela transição com a chegada da tecnologia. Tive aqueles PC's dinossauros, as primeiras redes sociais (Facebook tenho até hoje), vi o mundo transformar com a chegada da internet.
Eu sempre muito antenada com as novidades, segui aprendendo tudo que podia e tinha acesso. Afinal, venho de uma época que íamos a bibliotecas pegar livros empoeirados e pesados para escrever a mão nosso trabalho escolar. Caramba... Como o tempo voou e o mundo mudou, não é mesmo?
A chegada de uma pandemia mudou mais o mundo do que a tecnologia, ao meu ver. Todos tivemos que nos reinventar. Eu, recém desempregada, me vi diante de um mundo de incertezas. "O que farei agora?" era o que martelava sem fim na minha cabeça. Tentei trabalhar com artesanato (deu certo por um tempo), me aventurei no marketing digital e fiz dele uma renda até set./2024, por fim, me vi com uma loja física com uma amiga e pensando "Meu artesanato e o marketing não vão sustentar essa loja, o que farei?" e já com filho nos braços.
Em um dia de dezembro de 2022 meu marido Rafael me questiona "Por que você não abre um brechó infantil? (já que eu já consumia de um para vestir meu pequeno que nasceu em outubro de 2021). Estudamos, analizamos, montamos, calculamos e, no dia 7 de janeiro de 2023 (uma data já especial para nós), nasceu nosso brechó, sem muito investimento, sem cabides, sem nada. Apenas coragem e vontade. Aos poucos foi tomando forma. Sacolas personalizadas, embrulhos especiais, alguns itens de uma loja que fechou na cidade virou nosso mobiliário de loja.
Um bebê no colo, um rotina de pais sem rede de apoio, bebê fora da creche, começamos a realizar lives. Essas que impulsionaram de vez nossa loja e ganhando confiança de novas clientes.
Corta para 1 ano e 3 meses depois de loja física, 1 ano e 9 meses de existência, 3 lojas diferentes, 3 endereços diferentes, nós estamos agora dando mais um passo para o crescimento. A loja virtual fora das redes sociais.
Deus é maravilhoso!
Desde a chegada do Léo senti necessidade de fazer a geração dele ser diferente da minha. Isso envolvia alimentação, criação, educação e também cuidado com o mundo. Fizemos uso de fraldas ecológicas que nos pouparam muitos gastos. Estudamos muito sobre muitas coisas para podermos ser também pessoas melhores. Afinal, conhecimento transforma.
Pensar em sustentabilidade nos fez enxergar a necessidade do consumo de "Second Hand" (2° mão). Começamos a consumir de brechós não só para nosso filho mas para nós também. Começamos a nos questionar sobre o excesso de itens, sobre o consumo exagerado, sobre o valor absurdo que está para nos vestirmos com tecidos minimamentes de qualidade.
Na cidade em que vivemos, em pleno 2024, há pessoas que não conhecem o termo "brechó". Ainda se assimila muito com bazares, como era antigamente. Aliás, esperam o mesmo valor. Estamos reeducando muitas famílias e dando chance a outras de poderem cosumir produtos de qualidade com valores acessíveis. Inclusive, nosso começo teve como objetivo ajudar famílias a economizar, a fazer renda desapegando conosco. Funcionou por bastante tempo nossa consignação. Hoje estamos partindo para o lado da compra pois ultrapassamos a marca de 150 fornecedoras. Com isso, nosso tempo cada vez fica mais escasso. Nossa vontade de mudar o mundo, nem que seja pouco, para nosso filho, ainda segue firme com todo mini trabalho que temos.
Estamos hoje fazendo parte da vida e história de muitas e muitas famílias. Hoje já ajudamos dezenas de mães a fazerem seus enxovais, já ajudamos com doações e até com palavras de apoio ou com algum auxílio. É nisso que acredito, na troca. Troca de conhecimento, de experiências, de ser apoio de alguma forma. É isso que faz do nosso brechó tão especial e único.
Você fazer parte disso é uma verdadeira honra pra gente.
Meu eterno agradecimento ao meu marido, amigo e companheiro Rafael por sempre apoiar e ser apoio nos meu sonhos e loucuras. Por sempre acreditar no meu potencial. Sem você, nada disso seria possível. Amo-te.
Obrigada por ler até aqui e sinta-se em casa.
Que você seja mais uma família que ganharemos o coração.